terça-feira, 31 de julho de 2007






"Acreditar no que acreditei (...)
Amar quem já amei, ser mais escravo do que hoje sou(...)"

Gosto de falar de amor porquê dá audiência, é ele que vende CD´s e livros, o amor é POP.
Apoio os amantes e principalmente aqueles capazes de se entregar a uma paixão. Esses merecem aplausos...
Sempre digo que amar é jogar-se de um penhasco esperando que o outro lhe dê asas, se não houver reciprocidade não haverá asas. Eu sempre amo com um pé atrás, desculpem, eu sempre amei com um pé atrás.
Amei na defenciva, sempre com irônias, medos e armadura.
Sempre amei protegida, amando pela metade, amando machucando, amando no comando (essa é a expressão), melhor, amando e competindo. Até que uma certa pessoa me disse: "Não se ama assim, se você ganha, os dois perdem!", levei meses para aprender isso. Mas um dia aprendi!
Ainda lembro a cena que fiz, o quanto chorei e ele firme me dizendo: "Você tem que mudar porquê eu te amo e certos comportamentos me machucam!".
E foi ai que eu vi, que para amar é necessário se entregar.
Alguns dizem: "Ah fulano me ensinou a amar!", no meu caso, ele me ensinou literalmente, não foi meu primeiro namorado, meu primeiro beijo, ele foi meu primeiro amor. Foi a primeira pessoa, fora do leito familiar, que eu amei. E me ensinou realmente a amar, a namorar e a ser paciente.
Isso é coisa para se orgulhar!
Porque muitos vão passar nessa vida sem saber o que é amor e eu aprendi, não para ficar com essa pessoa (o que lamento!), mas para ensinar ou dividir essa experiência com outra pessoa (o que espero, um dia). Talvez eu ainda ame na defenciva, mas nunca mais vou amar desamando, amar machucando ou amar competindo.
Vou amar dividindo!
Lembrei daquelas juras que fazemos quando casamos, acho que estou um pouco mudando de assunto, mas ainda é o mesmo tema, "Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separem. Amém!", não creio. Penso essas juras são para os esperançosos, os que acreditam que o dia à dia não destrói o amor, que os outros não acabam com seus sonhos... Essas juras são para aqueles que acham que o mais importante no amor seja a presença. Eu não creio! Não creio porquê já vi um trator rasgar meus sonhos, minhas esperanças e mesmo assim continuei amando. Já senti a ausência, a saudade e mesmo assim continuei amando. Já fiquei tão só que única lembrança me fez companhia, mas essa valeu por tudo.
Na alegria e na tristeza?!
Na saúde e na doença?!
Na riqueza e na pobreza?!
Então acrescento, na sanidade e na loucura?!
Acho que rasgaria esses votos clichês e faria uma jura a la Vinícus de Moraes.
Acho que eu olharia para o noivo e diria: "Até quando der e vier!", enquanto tudo faça sentido, enquanto haja um pouquinho de felicidade nisso tudo, enquanto eu puder te ter como amante, amigo e companheiro, enquanto houver segredos, mas que esses sejam o menor dos fardos. Enquanto os sonhos sejam nossas asas e amor nosso vento. Eu vou está ao teu lado... Não irei prometer coisas já compravadas com o tempo, muito menos eternidade. Te prometerei momentos inesquecíveis, respeito, amor, sonhos, admiração e carinho. Te prometerei que nada será prometido e tudo será feito para que caminhemos juntos até quando der e vier...

Até quando seja possível amar e ser correspondido, até quando essa "droga" faça um pouco de sentido.

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