segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Uma grande amiga tem essa celebre frase: "É fazendo merda que aduba-se a vida!", ela me diz isso quase todos os dias quando chego morrendo de rir na sala de aula.
"É fazendo merda que aduba-se a vida!", acho que no fundo é um mantra para nós duas: "É FAZEEEENDO MEEEEERDAAAAAA, AUUUUUUM, QUE ADUBAAAAAA-SE A VIIIIIIIIDAAAAAAAA, AAAAAAAUUUUUUUM", hehehehe.
Sério, hoje conversando sobre a vida, essas pequenas e grandes coisas repetimos em coro: "É FAZENDO MERDA QUE ADUBA-SE A VIDA!".
Aos 13 eu me imava com 23 e eu achava que seria um mulherão, que chegaria arrasando corações, que saberia andar de salto até em cima de ovos, que usaria vestidos floridos no verão, botas no inverno. O vento brincaria com meu cabelo sempre que entrasse em qualquer lugar fechado, tocaria aquela música do Caetano: "Fonte de mel nos olhos de gueixa..." e todos me olhariam, mulheres com inveja, homens casacos com tristeza por não me terem ao seu lado, solteiros correriam para me ofecer lugar, bebida, cigarro, casa, comida e roupa lavada.
Aos 13 não me imaginava ruiva...
Sinceramente, hoje aos 23, me vejo mais como "mulherinha" (desculpem o neologismo, é que mulherzinha está para cirigaita!). Não arraso corações e mal sei andar de salto alto em lugares retos, antiderrapantes e só tem um vestido florido, o qual não uso com sapato alto, tive uma bota aos 14 (horrível, da Karla Perez!).
Mas sei que no fundo sou quem eu espera ser.
Sou guerreira, aprendi a vencer e a perder. Aprendi com as derrotas o valor das vitórias, o sabor das vitórias, aprendi a lutra.
Sou amiga, companheira, sincera (quase sempre!)...
E sei que poderia ser mais, aos 13 já me imaginava pronta aos 15.
Hoje sei em construções, sei que há tudo destruindo e se reconstruindo, surgindo e desaparencendo dentro mim. São idéias, pensamentos, recordações e eu. Eu no passado, no futuro e no presente!
Eu!
Acima de tudo eu.
Quem diria que cheguei aqui.
Aos 13 eu não diria...
Aos 13 me imaginaria mais madura aos 23, não imaginaria que exatamente como aos 13 eu acordaria feliz, a tarde choraria, a noite riria até dormir.
Aos 13 não me imaginaria tão desequilibrada, tão atrapalhada, tão apaixonada, tão feliz, tão errada, tão estranha, tão esquecida, tão orgulhosa, tão engraçada, tão mentirosa, tão sincera, tão..tão...tão exatamente igual, mas um pouco diferente, do que quando tinha exatamente 13 anos!

Algumas pessoas perguntam como existem coisas que só acontecem comigo, eu não sei!

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