quinta-feira, 8 de março de 2007

Há tempo muito tempo que eu estou longe de casa e nessas ilhas cheias de distância o meu blusão de couro se estragou. Ouvi dizer num papo da rapaziada que aquele amigo que embarcou comigo cheio de esperança e fé, já se mandou. Sentado à beira do caminho pra pedir carona tenho falado à mulher companheira a quem sabe lá no trópico a vida esteja a mil. E um cara que transava à noite no "Danúbio azul" Me disse que faz sol na América do Sul E nossas irmãs nos esperam no coração do Brasil. Minha rede branca, meu cachorro ligeiro. Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro o fim do termo "saudade" como o charme brasileiro de alguém sozinho a cismar. Gente de minha rua, como eu andei distante quando eu desapareci, ela arranjou um amante. Minha normalista linda, ainda sou estudante da vida que eu quero dar Até parece que foi ontem minha mocidade. Meu diploma de sofrer de outra Universidade. Minha fala nordestina, quero esquecer o francês!!! E vou viver as coisas novas, que também são boas O amor/humor das praças cheias de pessoas. Agora eu quero tudo, tudo outra vez

Como se adiantasse querer, amar e esperar...
Como se adiantasse ter o que tenho e desejar o que não tenho...
Como se não houvesse tempo me tornurando, saudade me machucando e amor me corroendo...
Hoje me peguei chorando por uma besteira, fiquei na parada de ônibus ouvindo música acima e as lágrimas escorrendo, muita coisa eu já aceitei, outras eu ainda teimo em achar injusto.
É o passado a me arrancar lágrimas ou sorrisos. É a dúvida do que o futuro espera, "quando vou deixar?".
Só quem vive entende...
Só quem vive sabe da vontade, do desejo, do medo, da injustiça, da saudade e de algo inominado que ontem era só mais um sentimento e hoje voltou a ser amor. Que fica mudando de forma, que fica transformando mil coisas e não deixando de ser o que é.
Não é porque não está que deixou de ser, não é porque é que continua sendo e essa conversa tem todo o sentido que se todos estiverem lendo só um vai entender, porque nele isso tudo faz sentido, esse turbilhão é compreensivel. Porque nele, se ainda há algo, tudo isso acontece.
Porque ele, se for como eu, detesta pela manhã, entende a tarde e ama a noite. Porque ele é a lua refletida, é Belchior, é Zé Ramalho, é Jonnhy Cach, é Bono Vox, é Nando Reis, Humberto Guedes, é uma piada, é uma topada, é minha nota baixa, é a alta, é o medo de trovão, são acontecimentos clássicos, surpreendentes e corriqueiros, é o mendigo, é o orelhão, o professor, o ladrão, a injustiça, o herói, a mágoa, a descoberta, a saudade e o desamor. Porque ela faz falta hoje, amanhã e Deus queira que nunca mais!
Não tem um dia que eu não pense em muita coisa, mas, geralmente prefiro esquecer, do que me apegar ao passado.

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