terça-feira, 15 de maio de 2007



Fiquei surpresa com o fato de Bob Dylan ter um clipe, Things Have Changed. Acho que a visão que eu tenho dele é totalmente idealizada, algo do tipo, anarquista.
Sei lá... Sempre acho que ele não gosto dessas coisas pops e quem inventou os clipes foi a MTV (por favor, não digam que é mentira! Eu sei que é)
Mas gostei do clipe, parece um homem envolvido com suas visões. Entre paralelos: Mundo real e imaginário.
Talvez seja verdade, mundos paralelos de Einsteng se explicam quando pensamos que vivemos entre eles, entre o hoje e os nossos sonhos.
Dei uma lida na música, para ter uma idéia do que se tratava, mas só mais tarde falo mais sobre ela, combinado? Desde já, gostei!

Subi pelo elevador, antes disso cumprimentei o porteiro e aperteo 17 no botão. Na janela o mar, picãozinho mostra sua crista e o dia está nublado. Um prédio coberto com véu verde, outro com azul, alguns homens mudam minha paisagem diariamente, colocando tijolos e cimento no que um dia foi parte da minha vista para o mar. Na minha janela o invisível e o visível mudam contamente, mas fazem parte de minha história.
Eu que domingo dormi aos prantos, terça acordei diferente, parte de mim foram com as lágrimas derramadas no domingo, algo em mim brotou desses lágrimas. Esperança?!
A vida muda o mutável e o imutável, tudo está em mudança inclusive eu.
E tudo que escrevo aqui faz um pouco de sentido ou nenhum, depende das mudanças que ocorrerem quando eu fizer o caminho inverso (apertar o P, descer de elevador, cumprimentar o porteiro e sair).
Eu sempre admirei a minha capacidade de arrancar pessoas da minha vida, amigos que não me serviam mais, pessoas que me machucavam ou que só queriam se aproveitar. Sempre achei tudo isso interessante. Hoje ainda consigo substituir pessoas (as substituíveis), ainda consigo isolar alguém dentro de mim ou simplesmente arrancá-la da minha vida. Algumas...
Algumas pessoas só tem gosto de história, só me lembram um passado, só me fazem rir com recordações.
Outras, abrem uma ferida não cicatrizada uma estranha sensação de que há muito o que se viver. Como se nelas houvesse um relógio parado, uma formula secreta congelada no tempo. Esperando o que? Eu não sei. Sei que essas pessoas não tem gosto de recordação, sua saudade é inesgotável, mas elas me fazem pensar que ainda há muito o que viver, encontros e reencontros para acontecer. Me fazem pensar que foi ontem que eu dei adeus e que senti-las ao meu lado, não é um mistério místico, é a realidade do meu dia à dia.

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