quarta-feira, 8 de agosto de 2007


Meu sonho sempre foi ter uma irmã, achava muito injusto Ramon e Rodrigo, Jojo, Monielly, Ana Luiza, Kamylla, Kaline, Talina, Cecília..., todo mundo ter uma irmã menos eu. Eu não tinha uma irmã.
E sempre pedia a minha irmã a minha mãe e ela dizia que eu tinha Ramon e Rodrigo (fizesse-os GAYS, então!).
Uma vez ela me disse que quando melhorasse adotaria uma menininha para mim.
Lembro que quando Adeilde contou que ia ter um bebê eu desejei muito que fosse uma menininha, uma bem patricinha para que eu mimasse, beijasse muito...
Engraçado, você não pensa que amará tanto uma pessoa até conhecê-la. Eu não sabia que amá-la tanto, que a simples hipotese dela ficar triste me destruiria a alma.
Estranho...
Outro dia ela chegou aqui em casa e encostou a mão na minha e disse: "Já está quase do mesmo tamanho!", claro que não está são 18 anos de diferença, mas ela completou, "É que já fiz 5 anos!".
Cinco anos que ela está em minha vida.
Que quando a peguei nos braços ela mostrou a linguinha e era do tamanho da minha unha, hoje sua mão é quase do tamanho da minha, se esticar o braço alcança minha cabeça.
É um amor tão simples...
Que seria mesquinho pedir para que não crescesse só para que seu corpo encaixasse perfeitamente entre meus braços, que sua cabeça coubesse no meu ombro e as vezes que chorasse meu abraço pudesse aquecer.
Não pedia isso jamais, peço que cresça, que seja um brotinho, que vire plantinha, que dê flores e um dia frutos, mas que em meus braços se refugie, seja para reclamar de Bruno, falar do medo de "embuar", da letra "A" ou para contar de um namorado.
Não sei quem mandou Bia para minha vida, mas sei que soube perfeitamente como eu queria. Fez a menina mais carinhosa do mundo, a mais simpática, inteligente, engraçada, amiga e amorosa, fez a irmã paciênte...
E eu acho que sempre vou agradecer e achar que ela é a menina mais amada do mundo, porque todos os irmãos a amam tanto que é impossível dizer. Ela é a vida da mamãe, do papai, de Márcia, Ramon, Ericka, Andressa, Bruno e vovó. E é tanto amor que não creio nunca que ela irá se sentir só ou crescerá triste.
Não por falta de amor, irmãzinha...
Não por falta de amor...

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