segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Eu prometeria coisas que não poderia cumprir. Eu te olharia dormir todos os dias, eu pularia em seus braços três vezes todas as vezes que lhe visse, eu agarraria sua cintura e quando você dissesse que estava apertado te faria cócegas. Eu não te daria sossego, te faria rir com piadas loucas e estórias mirabilantes.
Eu te mandaria mensagens só para atrapalhar sua concentração, faria planos loucos e planejariamos dominar o mundo. Agüêntaria seus amigos estranhos e colocaria apelido em todos eles. E quando você me abraçasse diria: "Somando aqui há cinco peitinho!".
Eu continuaria te amando até ficar velhinha, teríamos uma casa na serra, outra perto do farol e todos os domingos você acordaria com 9 pessoas na cama pulando no seu pescoço. Almaçaríamos macarrão e você diria que sentiu falta do meu macarrão a semana inteira, ai levariamos nossos batfilhinhos para a casa dos amigos e eles diriam que haja paciência para agüêntar tanta energia. E eu te chamaria de "ô homi!" e você me chamaria de "ô muié!" e quando não lembrássemos o nome dos 8 morceguinhos, chamaríamos de "morceguinhos". E eu te ligaria no meio da tarde para dizer que estou aprendendo a acentuar. E você ficaria feliz pois é um pequeno passo para a raça humana, mas para mim...
Você saberia o esforço que estou fazendo para ser melhor a cada dia, você entenderia a saudade que sinto e a falta que você faz, hoje...
Eu continuaria prometendo: te amar, te querer perto, te fazer rir, não me assustar quando me assustar, te surpreender, te dá um monte de beijinho e te respeitar. Eu acalmaria teu ciúme se você acalamasse o meu e não cantaria para você dormir...
Eu te olharia como boba e continuaria sendo sua fã, para sempre.
Eu entraria no teu carro para você levar sua menina para correr no seu carro (loucuras, chiclete e som), e reclamaria, reclamaria e reclamaria, só para não perder a fama de reclamona.
Eu fugiria, eu sonharia, eu viveria, eu te esperaria...
Eu te beijaria por todo o tempo que ficamos separados e diria que você é meu herói, e você é. Eu lhe daria um cinto de futilidades (clipe, pá de pedreiro, caneta bic, um cordel, um leite de magnésia e uma escova dobrável) e você diria que o Mcgaiver tem um.
Eu te faria rir como sempre fiz e você saberia que as coisas vão mudar.
Hoje eu sinto tanto tua falta, tanto!
Uma vontade de você me proteger e acreditar que por um momento ainda pode sonhar. É horrível ser passado e eu nunca vou me acostumar com isso. É horrível ter um monte de coisa intalado na garganta, sufocando a alma.
Mas a gente tem que passar por isso.
E mais do que sobreviver, porque seriamos só sobreviventes, temos que lutar. Eu sei que parece pouco que eu estou aqui sem você, doida para pular nos seus braços e que pode parecer uma luta imaginária com sabre de luz... Mas eu estou lutando, talvez por sonhos que a gente não chegue a realizar, talvez por um futuro inexistente, mas estou lutando. Para mim, não sobreviventes... Cansei desse substântivo passivo, prefiro guerreiros. Prefiro acreditar que essa fase vai passar, tudo passa, né? Prefiro acreditar que estamos guardando cada "eu te amo" para um futuro próximo, onde eu não seja tão passiva e chorona.
Onde eu realmente mereça você!
Já pensou?
Eu vou merecer, vou ser uma mulher grandona, dessas que não se vê em qualquer esquina. Ai você vai ligar e dizer: "Aqui começa a vida parte dois!" e eu vou colocar um vestido vermelho ou você prefere aquele marrom? E nós vamos viajar, ficar um mês fora "matando a sede com a saliva" "transformando o tédio em melodia", confia em mim, tá?
"Enquanto houver você do outro lado aqui do outro eu consigo me orientar..."

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