sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

amor...


Acho que vou convocar algumas pessoas com profunda idoneidade moral para que possam testemunhar, perante a biblía, e um jure de 31 pessoas solteiras a existência do amor. Para que essas continuem procurando sua cara-metade, ou simplesmente, desistam.
Depois disso, dependendo de uma série de fatores, responderão algumas perguntas.
No fundo, o que quero saber é se esse tal de amor existe ou se não passa de ficção capitalista. Afinal, com a "existência" do amor o romance virou uma grande ferramenta de mercado.
Foram criados dias como o dos namorados (fora acrescentaram romance na páscoa, no Natal, aniversário de namoro, beijo, conversa, riso, aniversário de namorado, data que se conheceram, data que desconheceram, data de noivado, casamento, sexo...), enamorados e desenamorados começaram a procurar mais oráculos (cartas, buzios, videntes...), as mulheres rejeitadas começaram a comer mais chocolates e gastar mais com roupas, acessórios e etc para atrair a alma gêmea. A procura do 50% da alma só fez crescer o mercado.
E nós, humanos a procura de um par, já aceitamos isso como um fator natural porque crescemos na época do romance. Já nascemos com a idéia de que é importante ter alguém para amar. Nascemos com as pessoas nos dizendo que somos 50% e que precisamos da outra metade, virar 100%, e gerar mais 10%, 20% ou 30%, quem sabe?
Entendem o que quero dizer?
Se tivéssimos nascido antes da invenção do romance, estranhariamos o fato de nossos pais dizer: "Case-se por amor, com quem goste de conversar e lhe respeite", ao invés de: "Faça do casamento um investimento rentável".
Então, a pergunta é, o romance existe ou não?
Lembrei de um texto sobre cultura que li outro dia:
Haviam quatro macacos numa jaula e uma banana no alto da jaula, sempre quando um macaco tentava pegar a banana os ciêntistas jogavam um balde d´água gelado neles. E os macacos começaram a dar uma surra em quem conseguisse pegar a banana. Os ciêntistas começaram a trocar os macacos e parar de molhar os macacos que se atreviam a pegar a banana, pois, sempre que um pulava para pegar a banana os outros davam-lhe uma surra. Ao final de duas semanas, já não havia mais nenhum da primeira geração, os macacos da outra geração já não sabiam sobre a água gelada, mas sempre que um se atrevia a pegar a banana levava uma surra.
O que quero dizer com isso é que talvez o romance esteja encorporado na nossa cultura de um modo tão intríseco que não notamos que ele é um "corpo estranho" a tudo isso, que no fundo só veio a calhar com o fato de que nossas crias precisem de um macho e uma fêmea (família) para protegê-las. Afinal, um ser humano demora mais ou menos 15 anos para atingir a maturação total e 18 para declarar-se independênte.


P.S. Essa é uma teoria de uma moça solteira que, apesar de tudo, ainda acredita no amor :D
P.S. 2. Ainda faltam mtas coisas para terminar esse texto, tenham paciência

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