segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

longa história sobre 2 dias

"O mundo é do novo e o novo dos antigos... O mundo é de quem sobrar, da noite, dos loucos e dos amigos"

Escrevi um post enorme para colocar, mas não consegui. Então, aqui estou eu recomeçando.
Estou numa lan house, um monte de gente gritando e atrapalhando. Sinceramente, ainda prefiro a outra! A de Kaline falta um ar-condicionado, mas é a segunda que eu mais gosto.

SEXTA: Eu faço de tudo para o tempo passar logo, mas para cada minuto parece que passam
horas e um milhão de pensamentos. Camisa vermelha, branca, preta, azul, verde e laranja em cima da cama. Ainda nem sei que blusa vou usar, apenas a mini saia preta que nem sei por onde anda. Na bolsa carteira de estudante, carteira, um livrinho para ler, o celular, a chave de casa, dois batons, base, sompra, pó compacto e blush, na cabeça: "E se ele não gostar mais de mim? E se eu não gostar mais dele? E se eu quiser beijá-lo? E se ele não quiser me beijar? E se...", parecia que era meu primeiro encontro. Calcinha nova para dá sorte, rezar antes de sair de casa e... Faltou energia, o porteiro avisa que não dá para descer pelo elevador. Não, eu não vou pela escada não posso chegar suada lá embaixo, não posso encontrá-lo suada.

17:01 - Ele está atrasado 1 minuto...
17:06 - Ele está atrasado 6 minutos...
17:15 - É oficial, eu levei um bolo!
17:16 - Não, ele sempre se atrasa, ele chega já...
17:17 - Ele não vem!
17:18 - Ele vem, ele sempre se atrasa... O telefone dele só faz chamar... Ele chega já, paciência...
17:19 - É oficial, de novo, levei um bolão!
17:20 - Ele não atende, deu tudo errado, ele morreu e eu nunca vou ficar sabendo. Droga!
17:20:25 - Ele chegou!

Nossa, se for falar tudo que senti, do abraço apertado, da vontade de beijá-lo, da minha cara de felicidade esse blog é pequeno e a paciência de vocês menor.
Em suma, foi uma tarde maravilhosa, pena que não deu certo no final. Mas foi gostoso tê-lo ao meu lado, relembrar velhos tempos e esquecer um pouco todos os problemas, mesmo que por pouco tempo.
A sensação, foi que estavamos numa cabana escondida dentro de uma floresta onde ninguém poderia nos pegar, onde o tempo não poderia nos alcançar...
O filme, o filme, o filme... Esse também era bom, mas meu amor é muito melhor.

DOMINGO: Fiquei relembrando o passado, o nosso primeiro encontro. Quando ele chegou de camisa listrada, óculos e calça preta (ou era azul marinho) e assistimos um filme de terror e ele disse com um certo ar inoscente: "Marcinha, se tiver medo pode pegar na minha mão?". Hoje, relembrando essas pequenas coisas, pensando do medo que eu tinha de me apaixonar, o medo que ele me magoasse, da nossa primeira briga quando ele me disse: "Não somos competidores, Marcinha. Se um de nós dois vencer o namoro é que perde". Engraçado, como se pode ter 22 anos nas costas e ser tão inesperiente em tudo... Acho que foi por isso que nos apegamos tanto, porque parecia que tudo era a primeira vez. O primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira briga, os sonhos... De repente, eu Mulher Maravilha estava presa na rede do Batman entregue em seu mundo. Sendo rainha, princesa e mulher... Ai...Ai... Hoje estou cheia de clichê, né? Desculpem!
Mas é que foram quase dois meses sem vê-lo, quase dois meses lembrando do seu amor e perguntando se ele existiu ou foi só fantasia. Mas ontem, ontem ele estava lá. Ontem eu sentei em seu colo e beijei sua boca (toda, cantinho esquerdo, cantinho direito, lábio inferior e superior), beijei suas bochechas, queixo, náriz, olhos, testa, cabelo, pescoçoo. O apertei todo e toda vez que ele me apertava e dizia que me ama, eu pensava: "Ñão existe amor como o nosso, Batman. E todas as histórias de amor, todas as músicas, todos os cenários ou previam nossa existência ou falavam de ilusões...".
Ainda tenho muita vontade de protegê-lo, ainda tenho muita vontade de colocá-lo embaixo do meu escudo e não deixar nenhum mal acontecer com ele. Mesmo que isso seja ilusão.
Ontem, quando o vi... Foi um misto de medo e felicidade, medo de deixar que ele me beijasse e me envolver mais e mais em tudo isso, mas depois como deitei na minha cama a sensação que eu tive foi de levesa, sim...
Me senti leve, quase voando...
Como a gente consegue viver tanto tempo sem amor?
Sem esse amor?
Talvez, as provações sejam do tamanho do amor e se depois de tanto tempo passando por ela não conseguimos esquecer ou deixar de amar, é porque o amor não é para ser superado e sim a provação, né?
Faltam 10 minutos para desconectar...
10 minutos...

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